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Influenciadores digitais: como eles impactam as estratégias de marketing digital no Brasil

Desde a pré-história, a espécie humana se reúne em comunidades com objetivos comuns – e este padrão permanece até os dias hoje. Foi a comunicação um dos principais pontos de partida para o avanço da evolução. Por meio dela, foram estruturados os diversos tipos de sociedade e estabelecidos padrões de convivência social. Hoje, vivenciamos a era da comunicação em tempo real, da instantaneidade, graças, principalmente, ao aprimoramento da tecnologia e o maior acesso a ela, chegando ao fenômeno dos influenciadores digitais, que discutiremos mais para frente.

Tudo isso é fruto da busca por novas formas de relações sociais, estruturadas em torno de notícias e conteúdos atualizados, em um ambiente colaborativo e complexo, em um mundo de indivíduos ativos conectados, que produzem conhecimento e conteúdo de maneira coletiva.

A comunicação mediante o uso de tecnologias, contudo, não é algo muito antigo na sociedade. Podemos citar alguns exemplos, como a TV e o rádio. Nesses casos, porém, a comunicação se dá – ou dava – de um para todos. Isto é, de um único emissor a variados receptores. Desde o surgimento destes meios de comunicação, os consumidores tentam manter um canal de diálogo com os meios. Assim como os jornais têm a “Carta dos Leitores”, as rádios sempre abriram espaço para os telefonemas dos ouvintes. Conforme a tecnologia evoluiu até a chegada das mídias sociais, essa via de mão dupla se multiplicou e ganhou outro formato.

A simbiose do ser humano com a tecnologia já é tão grande que raramente é percebida, a ponto de não ser possível discernir claramente onde ela começa e onde ela termina. Isso mostra uma incrível capacidade de adaptação aos novos canais de comunicação, que surgem com uma velocidade nunca vista.

Essas mudanças impactaram a sociedade de diferentes maneiras, nos negócios, no consumo, no trabalho, gerando assim um novo modelo de economia e novos desafios para as empresas. Paralelo à evolução da comunicação e da sociedade, o marketing também se transforma. Hoje, as marcas precisam olhar para as pessoas como seres completos e complexos, que têm angústias e preocupações. Por isso, novos valores precisam ser incorporados em suas mensagens: respeito às diferenças, solidariedade, transparência, interdependência, respeito ao outro e ao meio ambiente. Assim, dentro desse contexto, novas experiências são proporcionadas para que toquem o lado emocional do consumidor, gerando assim, naturalmente, mais confiança e respeito dele e da sociedade.

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Tudo isso leva a um modelo de relacionamento mais horizontal, por meio do qual os consumidores acreditam mais uns nos outros do que nas empresas, o famoso “boca a boca” como uma maneira confiável de propaganda. Um ambiente mais colaborativo, inovador e autêntico, no qual as pessoas buscam valores reais, de envolvimento, de sentir a marca com a qual elas estão interagindo.

As relações estão cada vez mais diretas, com pessoas buscando resolver suas dificuldades sem contar com as grandes instituições, como governos ou multinacionais.  

Marketing digital: as mídias sociais como ferramenta de decisão de compra para os brasileiros

A ascensão das mídias sociais potencializou a troca entre os consumidores, tornando assim o processo da decisão de compra mais suscetível a opiniões de terceiros do que nunca. Soma-se a isso, ainda, o fato de as mídias sociais, naturalmente, gerarem a sensação de proximidade com pessoas com interesses em comum e fornecer recompensas emocionais, como o prestígio e a sensação de pertencimento.

A importância dessas redes pode ser traduzida em números. Segundo o levantamento da Comscore, divulgado em março de 2023, o Brasil possui mais de 131,5 milhões de contas ativas em mídias sociais. Desse total, ao menos, 127,4 milhões são de usuários únicos, com uma média mensal de 46 horas de conexão por pessoa.

Desenha-se, com isso, um contexto no qual há uma parcela significativa da população brasileira acessando mídias digitais, que trazem recompensas emocionais, ao mesmo tempo em que os algoritmos agrupam pessoas com interesses em comum. Isso favorece a criação de comunidades, que se consolidam à medida que acontece troca de interações, comentários, compartilhamentos, reacts, dentre outros recursos que, disseminam opiniões, propagação de ideias e até mesmo informação.

Porém, ainda que essas comunidades estabeleçam formas de comunicação mais horizontais, que dão espaço à multiplicidade, é preciso refletir sobre o surgimento dos usuários com maior nível de influência social.

Hoje, com as mídias sociais, essa influência ganha números e impactos que antes eram inimagináveis. Se apenas um seleto grupo de pessoas era formador de opinião, atualmente, essas mídias transformam pessoas comuns em influenciadores digitais, capazes de impactar até milhões de pessoas, pautando comportamentos e tendências, além de criar players dentro do mundo digital.  

Compreender as particularidades, complexidades e influências desse novo cenário é uma questão vital para as marcas hoje em dia. Entender como esse universo vem modificando o dia a dia e a maneira como as pessoas interagem com as marcas, impacta diretamente no planejamento de marketing das empresas. Nesse sentido, surgem os desafios de acompanhar essas mudanças de comportamento, repensar paradigmas e mentalidades sem, no entanto, perder de vista a essência da marca.

A comunicação digital como ferramenta para relações mais horizontais com as marcas

Pode-se dizer que, uma nova surgiu, como um momento que exige coragem das marcas para revisar paradigmas, questionar hierarquias, ampliar os horizontes e reavaliar as suas relações em um movimento em direção ao futuro.

Cada vez mais, a comunicação deixa de ser somente o conjunto de ações que objetivam tornar comum uma mensagem ou anúncio, e passa a agregar um conjunto de plataformas de troca de informação e de estabelecimento de relacionamentos. Essa revolução acelerou o acesso à informação, o compartilhamento de ideias, e abriu espaço para o relacionamento em rede.

É possível identificar como o próprio amadurecimento da internet trouxe inovações importantes que reforçam o caráter relacional da comunicação digital. Isso nos leva a uma comunicação mais horizontal, que dá espaço para a multiplicidade.

A internet é a mais incrível ferramenta de generatividade já criada pelo homem, porque permite a geração espontânea de conteúdo autoral, bidirecional e multidirecional. 

As redes sociais tiveram papel fundamental nesse cenário, por serem mais atrativas e fáceis de usar, e por contarem com um potencial de alcance gigantesco. Essa relação horizontal não só se concretizou como também se tornou a base da comunicação e do marketing atualmente, provando que a verdadeira revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas, mas sim quando adota novos comportamentos.

Essa riqueza da troca de informação, assim como a facilidade da colaboração e do desenvolvimento de relacionamentos sociais, coloca em xeque atitudes individualistas.

Vivemos hoje em um mundo totalmente novo, que se transformou com a conectividade e a transparência proporcionada pela internet, abrindo espaço para conteúdos com informação de cultura, entretenimento, sustentabilidade, lazer, ou seja, um espaço para a originalidade e autenticidade.

Segundo um levantamento feito pela RD Station, 61,5% dos usuários brasileiros de mídias sociais utilizam esses canais para pesquisar informações a respeito de marcas e produtos. O mesmo estudo também revela que, 42% dos usuários de TikTok no Brasil, utilizam a plataforma para curtir e acompanhar os vídeos de marcas e empresas que gostam.

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Os influenciadores como ponte entre marca e consumidor

O que leva uma pessoa a seguir um influenciador? As respostas são diversas, mas, existe um aspecto básico: a identificação com os gostos e as ideias transmitidas. Além disso, podemos dizer que são bons contadores de histórias – “storytelling” –, com narrativas que facilitam essa proximidade com o público, criando, muitas vezes, nichos de mercado com potencial de mídia, influenciando diretamente no comportamento de consumo. Isso faz com que influenciadores digitais de segmentos específicos, com menos seguidores, tenham tanta importância quanto aqueles com grande audiência.

Dessa forma, nota-se a ocorrência de um fenômeno interessante. Independentemente do volume de informação oficial disponível sobre uma marca ou produto, os círculos sociais seguem sendo uma das principais fontes de influência para o consumidor, demonstrando assim como o público contemporâneo se orienta a partir da opinião de terceiros, seja observando uma avaliação de 2 estrelas sobre um produto ou assistindo a um influenciador que acompanha dizer que não gostou da experiência. Tudo isso supera as comunicações de marketing e até as preferências pessoais.

Muitos classificam os influenciadores digitais como mídias autônomas, com uma imagem forte e íntegra, construída a partir de grande legitimação no ambiente digital. É comum, inclusive, essa legitimação acontecer mediante a exposição da sua própria vida pessoal, da sinceridade do cotidiano – e essas características atraem o interesse das marcas, que aproveitam essa relação de emoção, amor e respeito, para fortalecer a credibilidade das campanhas publicitárias com os influenciadores do seu público-alvo.

Assim, é possível definir esses influenciadores digitais como o “boca a boca 2.0”. Afinal, confiar na opinião de amigos, familiares, de pessoas próximas sempre foi uma das formas mais utilizadas na hora de decidir uma compra.

A influência é um conceito intrínseco. Todos os dias, somos expostos a ideias, opiniões, ideologias e atitudes por diversos atores da sociedade. A história está repleta de influenciadores. Podemos citar Cristo, Sócrates, Platão, Napoleão, Eistein, Gandhi, e outros mais recentes como Mandela, Lincoln, Obama e Steve Jobs. Essas diversas influências divergentes e complexas condicionam a sociedade à mudança de hábitos e atitudes, na construção de um “ethos” social.

O termo influenciador digital é recente, mas o fenômeno em si aparece antes da web 2.0 com o surgimento dos blogueiros (“Bloggers”), ainda que em um ambiente mais restrito. Na sequência, apareceram os vlogueiros (“Vloggers”), que depois foram substituídos por “Youtubers” – com a popularização do YouTube. E, apenas em 2015, nasce o termo influenciador digital, que surge da necessidade de classificar algumas pessoas que estavam impactando em diversas plataformas diferentes de mídias sociais. Em 2016, o dicionário Oxford – um dos mais importantes do mundo – oficializou o termo “Youtuber” em suas páginas.

Cada vez mais, a web tem se tornado um ambiente de opiniões e de participação do consumidor e dos influenciadores digitais, que de certa forma criam seus públicos em torno de opiniões e gostos específicos, tornando esse sentimento de pertencimento ainda maior, criando um laço de proximidade.

Relação marcas x influenciadores digitais

Os influenciadores digitais têm suas próprias características individuais. É preciso identificá-los e classificá-los dentro desse universo digital. Podemos apontar cinco principais tipos de influenciadores:

Celebridade: pessoa famosa com grande alcance, mas sem relevância com o tema da marca;

Celebridade com relevância: pessoa famosa com total afinidade com a marca, que tem boa chance de impactar grandes audiências e convertê-las;

Autoridade: pessoa técnica, respeitada em determinado assunto;

Jornalista: trabalha na mídia tradicional e tem grande impacto por conta disso;

Micro influenciadores: pessoas com menos seguidores, mas com nicho de mercado bem definido.

Trabalhar com os microinfluenciadores digitais é umas das tendências já consolidadas no marketing digital, pela facilidade de aplicar ações mais segmentadas, que possibilitam uma taxa de conversão maior, muitas vezes, com um custo mais baixo, se comparado a outros perfis.

Esse cenário implica também em uma grande preocupação para marcas com relação ao impacto que suas ações podem causar. A web não só ampliou esse impacto como também diversificou os riscos. Todas essas pontas de relacionamento têm de manter a imagem positiva da marca, sua reputação e um conjunto de sentimentos como respeito, confiança e admiração.

Essa é uma época em que a experiência e a interatividade são pontos essenciais nas estratégias de marketing digital das empresas e, mais do que comunicar da maneira correta, é preciso aprender a se relacionar com o seu público neste novo cenário, incentivando-o a multiplicar a mensagem transmitida. Afinal, cada pessoa impactada pode falar da sua marca para seus 100, 200, 1 mil seguidores, ou milhões de outras pessoas se acontecer uma viralização.

Em outros termos, o digital imprime muito bem essa força de compartilhamento, de viralização, resultando em um cenário com características relevantes para o crescimento de adesão das empresas.

Neste momento em que muitas marcas já se posicionam de maneira diferente para atingir esse potencial, é comum vê-las engajadas sobre alguma causa social, compartilhando das mesmas angústias e preocupações que seus consumidores, evidenciando que, de fato, os conhece e os trata como um ser completo e complexo, com mente, coração e alma. Para isso, é necessário muito diálogo, e as redes sociais e os influenciadores digitais têm exercido um papel fundamental nesse diálogo entre marca e consumidor.

Por isso, a melhor forma de manter esse diálogo é entregando conteúdos interessantes, relevantes e úteis para um público claramente definido. Do outro lado, é importante que esses conteúdos estejam carregados de identidade da empresa, muitas vezes, contando histórias – “storytelling” –, criando conexões ainda mais profundas. Isso leva a crer que o marketing digital não deve mais ser considerado apenas sinônimo de vendas e métricas, mas sim a principal vertente de uma empresa para conquistar a confiança do consumidor, capaz de quebrar o bloqueio da publicidade tradicional.

Não é possível afirmar que as mídias tradicionais vão acabar, mas certamente elas vão dividir cada vez espaço com esses novos modelos, com níveis diferentes de participação, num cenário em constante transformação. Ademais, as inovações trazidas pelas tecnologias digitais não invalidam as tecnologias anteriores, mas trazem uma ressignificação dos processos de comunicação.

Segundo o estudo AdSpend do IA Brasil em parceria com a Kantar Ibope Media, em 2022, a publicidade digital do País, o que inclui parceria com influenciadores, movimentou R$ 32,4 bilhões, representando uma alta de 7% em relação ao ano anterior.

Essa nova abordagem do marketing, que combina ações do on-line e off-line entre e marcas e clientes, complementa a conectividade máquina a máquina com o toque pessoa a pessoa para fortalecer o engajamento dos consumidores. Um cenário que privilegia a criação de novos espaços e narrativas para as marcas se comunicarem com seus consumidores, de uma maneira mais relevante e engajada.

A evolução dos conceitos de marketing

Um mundo conectado, o conceito de mix de marketing evoluiu para acomodar mais participação do cliente. O mix de marketing – os 4Ps – deve ser redefinido como os 4Cs: cocriação “co-creation”, moeda “currency”, ativação comunitária “communal activation” e conversa “conversation”.

Nessa abordagem, a cocriação é a nova estratégia para o desenvolvimento de produtos, envolvendo os clientes na concepção, conseguindo melhores taxas de sucesso. O conceito de precificação também vem evoluindo, saindo de um preço estático para um dinâmico, com base na demanda e capacidade do mercado. O canal, com certeza, vem sofrendo as maiores mudanças, o conceito de distribuição ponto a ponto tem grande vantagem nessa era da economia compartilhada, protagonizada por empresas como “Airbnb”, “Uber” etc.

Da mesma forma, a promoção também vem se modificando, saindo de uma relação unilateral – com empresas enviando mensagens para os consumidores -, para um ambiente mais aberto para o consumidor reagir a essas promoções. A proliferação das mídias sociais é um dos fatores que permitiu essa reação, fomentando o surgimento de plataformas como “TripAdvisor” e “Yelp”, criando um ambiente ideal para essa conversa entre consumidor e marca.

Ao mesmo tempo em que os conceitos-chave do marketing tradicional vêm evoluindo, a jornada que o consumidor faz até comprar o produto também está se modificando. O modelo mais conhecido e usado era o AIDA: atenção, interesse, desejo e ação. Esse modelo vem sofrendo diversas interpretações durante os últimos anos.

O mais recente modelo foi apresentado por Derek Rucker, da Kellogg School of Management, que propõe o modelo dos 4As: assimilação, atitude, ação e nova ação. Nesse modelo mais recente, os estágios do interesse e do desejo são simplificados em atitude. Um novo estágio, ação nova, é acrescentado, pretendendo rastrear o comportamento pós-compra do consumidor. Esse caminho reflete um lado pessoal e direto, semelhante a um funil.

Ele, então, propõe uma nova abordagem aos 4As, devido às mudanças que a era da conectividade trouxe para o processo os 5As, que seriam: assimilação, atração, arguição, ação e apologia. Na era da pré-conectividade, um consumidor determinava sua atitude em relação às marcas. Já na era da conectividade, a atração inicial de uma marca é influenciada pela comunidade em torno do consumidor. Na era da pré-conectividade, a finalidade era a retenção e recompra. Na era da conectividade, a finalidade é a disposição para defender uma marca.

Para entender as marcas, os clientes agora se conectam ativamente entre si, desenvolvendo relacionamentos de pesquisar e defender. Dependendo da tendência da conversa, a conexão pode fortalecer ou enfraquecer a atração da marca. Ele aponta ainda que o novo caminho do consumidor não é necessariamente um funil fixo. Ele pode ser um espiral, e não necessariamente passar pelos 5As. Ele pode saltar de categorias.

O maior objetivo das campanhas de marketing é conduzir os consumidores da assimilação à apologia, fazendo com que desenvolvam uma sensação de forte fidelidade à marca, refletida em retenção, recompra e defesa da marca perante seus amigos, o famoso “eu recomendo”.

Para otimizar sua campanha de marketing, essa classificação em três principais fontes de influência: própria, dos outros e externa, é conhecida como Zona POE. A influência externa vem de fontes desconhecidas pelo consumidor, são mensagens por meio de propaganda e outras formas de comunicação.

Essa influência ainda é administrável e controlável para as marcas. A influência dos outros também é oriunda do ambiente externo, que geralmente são pessoas de círculos próximos, como amigos e familiares, na forma de propaganda boca a boca. Podemos adicionar nesta classificação os sistemas on-line de avaliação. Apesar do esforço das marcas, essa influência é difícil de ser gerenciada e ocorre por meio do marketing de comunidade, no qual as empresas precisam promover ambientes para a discussão entre empresa e as comunidades. Já a influência própria vem de si mesmo, resultado das experiências passadas e interações com a marca.

O consumidor comum geralmente é impactado pelas três influências, variando de mercado para mercado. Apesar das variações, é possível afirmar que os consumidores, hoje, se apoiam mais nas influências dos outros.

Além disso, um levantamento feito pela MindMiners aponta que, 81% dos entrevistados assumem que leem os comentários e opiniões de outros usuários antes de comprar um produto pela primeira vez, e 71% deles confiam plenamente nas avaliações. Outro dado importante são as impressões negativas. Segundo a pesquisa, elas são as que mais impactam na decisão de compra: 83% admitiram que comentários depreciativos costumam ser mais relevantes do que os positivos.

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Novas necessidades do consumidor e influenciadores com poder de redefinição de práticas do mercado

 O consumidor contemporâneo tem necessidades diferentes daquelas consolidadas pelas gerações anteriores, tais como economia compartilhada, instantaneidade e integração omnichannel. Por isso, ele precisa ser impactado de outras formas, entre elas o marketing de conteúdo, a estratégia de gestão de relacionamento com os clientes por meio das redes sociais, intensificação do uso de big data, dentre outras coisas.

Esses novos hábitos e avanços tecnológicos trouxeram novas estratégias no processo de comercialização. Hoje, a venda de produtos por meio de lojas virtuais e clubes de assinaturas são realidade, e trazem uma agilidade e uma dinâmica completamente diferente para o mercado. Ao mesmo tempo em que essas novas formas de comercialização são mais complexas, elas promovem mais competitividade e, pela possibilidade de abrangência de território, também permitem maior crescimento do negócio.

Com essa intensificação da conectividade, o relacionamento nas mídias sociais e a velocidade da troca de conhecimento e/ou informação vêm impactando diretamente o modo como as empresas vêm se relacionando com o seu público. É um cenário muito dinâmico, onde tudo está disponível em tempo real. São novos modelos de negócios em narrativas diferenciadas e públicos fragmentados, de nicho, em ambientes tensionados pela potencialidade de diferentes discussões/participações com hierarquias de ação diferentes.

A cultura da comunicação de nicho e a criação de estratégias de conteúdo por meio da cultura da participação e da convergência de mídia passam a ser premissas da atuação dos influenciadores, que por sua vez criam uma lógica de valor de conteúdo a ponto de torná-lo relevante, compartilhável e engajado, reforçando os laços entre as comunidades de fãs ao redor desses sujeitos na rede.

Não há dúvidas de que, os influenciadores digitais têm redefinido as práticas e dinâmicas dos mercados contemporâneos ao se consolidarem como figuras de destaque no ambiente digital. Uma pesquisa do Ibope Inteligência de 2021 revela que, 52% dos brasileiros que estão nas mídias sociais seguem, pelo menos um influenciador. Porém, cabe a reflexão: o que o “usuário comum” absorve dessas pessoas? Um levantamento da Invesp pincela uma parte disso, apontando que 72% dos consumidores passam a confiar mais em uma empresa depois que ela é recomendada por um influenciador. Não só isso. A pesquisa ainda aponta que 92% dos entrevistados confiam em avaliações de influencers ao invés de propagandas tradicionais e recomendações de celebridades.

E o que explica esse alto poder de influência? Não existe uma única resposta para essa pergunta. No entanto, existem elementos que nos ajudam a compreender isso. Como os influenciadores digitais possuem maior liberdade de criação, a mensagem transmitida por eles está, naturalmente, mais carregada de originalidade e autenticidade, elevando assim as chances de aceitação dos seguidores.

Contudo, isso está longe de significar que a fórmula mágica para as marcas é sair fazendo parcerias a rodo com influenciadores. Assim como qualquer outra decisão de uma empresa, é algo que requer estratégia antes, durante e depois da ação, assim como compreender detalhadamente por que faz sentido para o seu negócio fazer uma parceria com um influenciador e, o mais importante, compreender por que faz sentido para o seu público-alvo.

O digital nos trouxe um mundo de dados, porém, é preciso transformá-los em informação, da informação para o conhecimento, do conhecimento para o insight, para aí sim chegar num valor para a marca. Estamos obesos de informações e anoréxicos de insights.


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Saiba as principais tendências do marketing digital para 2021

O ano de 2020 foi marcado pelos desafios e oportunidades causadas pela pandemia do novo coronavírus. Por isso, cada vez mais empresas migraram para o universo online, ao mesmo tempo que as estratégias de negócios sofreram ajustes. Com o fim do ano se aproximando, é importante começar a pensar na gestão dos novos projetos e se atentar para as tendências do marketing digital para 2021.

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Essas tendências incluem muitas novidades e maneiras diferentes de lidar com o marketing online, até mesmo em razão das novas tecnologias que surgiram durante a pandemia. Terão mudanças em termos de ferramentas, estratégias, alocação de recursos e até mesmo na maneira como trabalhar algumas ferramentas clássicas. 

Tecnologias ganham destaque entre as tendências do marketing digital para 2021

A transformação digital mudou a forma como as empresas se relacionam com seus clientes e fazem negócios e isso, com certeza, só irá aumentar no próximo ano. Confira as principais tendências de tecnologia para 2021 que sua empresa precisa estar atenta:

1) Retenção aprimorada através da segmentação

Clientes satisfeitos contam aos amigos e fornecem referências para ajudar a aumentar o capital da empresa. Além disso, eles estão propensos a dar um feedback honesto e direto sobre melhorias para a marca. 

Por isso, é extremamente importante mantê-los informados sobre as mudanças organizacionais ou processos através de e-mail marketing ou interação nas redes sociais. Ao reunir dados e segmentar os clientes, a empresa tem a oportunidade de economizar custos ao entregar serviços e produtos. Além disso, é possível direcioná-los de forma mais econômica permitindo aumentar os investimentos em marketing digital. 

2) Google My Business

Manter o Google My Business sempre atualizado ajuda a obter informações importantes sobre horário de funcionamento, localização e serviços. 

Ter uma área de serviço definida geograficamente ajuda a empresa a aparecer nas pesquisas “perto de mim”, isso acontece porque os mecanismos de pesquisa priorizam essas informações nos seus algoritmos.

3) Automatização no Google Ads

Os profissionais encarregados de administrar as campanhas de Google Ads fazem o ajuste constante desses anúncios, palavras-chave e lances para conseguir o máximo do investimento em publicidade, porém, esses ajustes têm custo de horas e taxas de gerenciamento. 

O lance automatizado possibilita que o Google automatize os movimentos anteriores para ajustar os anúncios em tempo real. Embora esses lances não sejam novidades, as melhorias contínuas feitas especialmente em 2019, significa que eles serão uma forte tendência do marketing digital para 2021.

4) Pesquisa Semântica

No futuro, o universo de SEO será desenhado pela forma como as pessoas pesquisam coisas na internet. Embora isso parece algo relativamente simples, está consolidado em algo um pouco mais complexo: a semântica.

A partir de 2021, a pesquisa semântica será a maneira como os mecanismos de pesquisa usarão a imensa variedade de dados disponíveis para determinar a intenção, o contexto e o significado necessário para encontrar o conteúdo mais relevante possível. Em resumo, a pesquisa semântica é como o algoritmo do Google pode usar uma pesquisa incompleta, gramaticalmente incorreta e aparentemente aleatória e achar exatamente o que o usuário está procurando. A pesquisa semântica engloba tanto o UX quanto o SEO.

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5) Automação de marketing

As tendências do marketing digital para 2021 mostram que o próximo ano promete trazer ainda mais tecnologias, como ferramentas que permitirão uma melhor personalização e customização da publicidade. A empresa poderá direcionar as ações ou interesses de um cliente em potencial com mensagens altamente estratégicas, econômicas e personalizadas. 

Considerando o cenário atual onde o tráfego digital aumentou muito desde a implantação do home office, a automação pode ajudar a empresa a vender mais, se relacionar e manter seu cliente fiel. 

6) Chatbots

Os chatbots estão provando ser muito úteis para proporcionar melhores experiências ao cliente e, ao mesmo tempo, oferecer benefícios para as empresas, já que: 

  • Diminuem a pressão sobre a equipe de atendimento ao cliente ao lidar com problemas de solução simples;
  • São ótimos para a geração de leads, ajudando a equipe de vendas a converter com sucesso mais clientes em potencial;
  • Permitem coletar dados de clientes que podem ser analisados ​​para obter insights valiosos sobre o público e o que os motiva;
  • Garantem que a empresa opere 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso é ótimo para clientes que não se enquadram no padrão típico ou clientes que preferem se envolver de uma forma mais flexível;
  • Proporcionam um maior envolvimento do cliente;
  • Promovem economia de custos de longo prazo.

7) Integração online-offline da Experiência do Cliente

Para muitas empresas, a pandemia trouxe a necessidade de aprimorar ou criar sua presença digital como forma de se manter ativa e operante no mercado, mas isso não significa que as lojas físicas chegaram ao fim. Muitos consumidores ainda preferem visualizar e manipular os produtos pessoalmente, antes de tomarem a decisão de compra, por isso, as marcas que atuam nas duas esferas precisam ajustar suas estratégias de marketing para tirar vantagem dessa digitalização em crescimento. 

A aposta para 2021 é a integração entre experiência online e offline, na qual as lojas físicas deixarão de ser somente um lugar para fazer compras, para se tornarem um local onde as marcas podem se envolver com seus clientes e melhorar suas experiências. 

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WhatsApp lança botão de compra dentro do aplicativo

O WhatsApp lançou nesta terça-feira – 10 de novembro – um novo botão de compra para contas comerciais, disponível no mundo todo. O principal objetivo da funcionalidade é melhorar a comunicação entre clientes e empresas, facilitando o acesso ao catálogo de itens disponíveis. A novidade será feita através de uma atualização nas contas do WhatsApp Business, onde os consumidores poderão interagir com as empresas na hora de adquirir um produto. 

Leia também: Black Friday 2020: escolha a melhor estratégia para ter sucesso no digital

De acordo com representantes do aplicativo, o recurso irá ajudar as pessoas a encontrarem o catálogo de uma empresa e conhecer quais serviços e produtos ela oferece, além de iniciar uma conversa sobre o item de interesse com apenas um toque, o que antes só era possível acessando o perfil da marca.

WhatsApp: botão de compras

O novo botão de compra estará disponível onde ficava a opção de chamada de voz, ou seja, no canto superior direito ao lado dos botões de adicionar contato e opções. A função será representada por um ícone que lembra uma fachada de loja.

Essa é mais uma iniciativa do aplicativo para tornar a plataforma uma opção de negócios e não apenas de comunicação. Recentemente, o WhatsApp trouxe a opção dos usuários finalizarem compras direto nas conversas, além de ampliar as formas como as pessoas podem conferir os produtos disponíveis. 

Leia também: Redes e Mídias Sociais: quando usar cada termo?

WhatsApp Business

De acordo com a empresa, mais de 175 milhões de pessoas trocam mensagens diariamente através do WhatsApp Business, e mais de 40 milhões acessam um catálogo de negócios todos os meses, sendo mais de 13 milhões apenas no Brasil. 

Além disso, uma pesquisa recente da Accenture, mostrou que 83% dos brasileiros adultos estão mais dispostos a comprar de empresas que usam aplicativos de mensagens do que de empresas que não possuem esse tipo de ferramenta. 

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Redes e Mídias Sociais: quando usar cada termo?

Atualmente, muito se ouve falar nos termos Redes e Mídias Sociais, já que eles se tornaram importantes ferramentas de relação social e de negócios. Por isso, é comum a confusão ao tentar defini-las ou compreender que se tratam de coisas diferentes.

Leia também: A importância das mídias OHH para as empresas

Pode parecer algo simples, mas para ter um desenvolvimento maior de campanhas e melhorar técnicas impulsionamento na internet, é importante entender o que são e como funcionam cada um dos termos.

Redes Sociais

O termo rede social, basicamente, significa criar um relacionamento com as pessoas compartilhando valores e objetivos em comum, não sendo necessário estar conectado à internet. A família, assim como o ambiente de trabalho, são exemplos de relacionamentos sociais.

Com o avanço da tecnologia e implementação da mesma em nosso cotidiano, essas conexões passaram a se formar também pela internet. Um site de relacionamento ou rede social, é o local onde é possível se conectar com outras pessoas ou grupo de indivíduos por meio de um perfil com o intuito de compartilhar conteúdo.

Dessa forma, as interações que antigamente se restringiam à vida offline, como encontros em bares e restaurantes, passou a acontecer também de modo online. Para isso, basta o acesso às plataformas como Facebook, Youtube, Instagram e Linkedin.

Mídias Sociais

As mídias sociais, por sua vez, são definidas como um meio de veiculação e descentralização de informações – gratuitas e pagas – e mensagens. O termo surgiu em 1990 quando as empresas de mídias tradicionais começaram a perder espaço para a tecnologia digital.

O principal objetivo dessas mídias é a criação, divulgação e compartilhamento de conteúdo que possibilitam a interação do público sem o envolvimento de relações sociais. Dessa forma, quando nos referimos à ambientes digitais conectados por meio da internet,  estamos nos referindo ao termo mídias sociais.

Por isso, as plataformas de mídias sociais entre usuários logados é caracterizada pela criação de redes de relacionamento. Sendo assim, as já citadas redes sociais são encaradas como uma parte do que chamamos de mídia social.

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Como as relações ocorrem é a principal diferenças entre redes e mídias sociais

Como explicado, as mídias sociais correspondem à qualquer canal onde a interação ocorra. O mesmo também pode ser dito das redes sociais, mas é preciso saber diferenciar os modos como as interações acontecem.

No caso das redes sociais, a relação entre usuários é o foco principal, sendo esse o motivo de sua criação. Por isso, é comum que os sites desenvolvam cada vez mais ferramentas para que as interações aumentem, de modo que as pessoas se aproximem.

Já com as mídias sociais, apesar de ocorrerem trocas de informações entre pessoas, essa relação é menos fervorosa. Um exemplo para elucidar essa diferença é o modo como sites e blogs desenvolvem suas interações por comentários. Nessa área, é possível que usuários compartilhem opiniões e informações entre si, mas isso ocorre de modo mais restrito e limitado.