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Relatórios de sustentabilidade ganham importância nas empresas

Por meio de um levantamento feito pela KPMG, no qual 5.200 companhias participaram, foi relatado que, 85% das empresas elaboram relatórios de sustentabilidade. Além disso, 72% delas seguem as diretrizes estabelecidas pela Global Reporting Initiative (GRI), uma instituição global independente que é responsável por medir o desempenho sustentável de empresas, ONGs e repartições públicas, assim como ajudá-las a entender seus impactos ambientais. 

Os relatórios de sustentabilidade permitem às empresas desenvolver uma estratégia de gestão voltada para o futuro, com base nas informações sobre os impactos negativos ou positivos da sustentabilidade. Em um mundo dinâmico, no qual o âmbito econômico, social e ambiental tem o mesmo peso que o financeiro, é muito importante que as empresas se posicionem e ajudem a conscientizar as pessoas.

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As mudanças climáticas são um risco para os negócios 

Mais de 2.000 empresas reconhecem que as mudanças climáticas são um risco para os negócios, não apenas pelos fatores físicos, como o aquecimento global, como também pelos impactos gerados por novas regulamentações, que podem ocasionar em riscos financeiros. Portanto, é necessário que as empresas estejam preparadas. 

É importante que as companhias realizem um plano de gestão sustentável incorporado à estratégia corporativa, pois influenciará diretamente no diálogo com acionistas e investidores. Além disso, o posicionamento diante das mudanças climáticas se torna cada vez mais fundamental para os consumidores e stakeholders.

O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer, mas o número de empresas que fazem relatórios sustentáveis cresce a cada ano. No levantamento da KPMG, 100 empresas brasileiras participaram, sendo algumas delas com receita entre 1 bilhão e 20 bilhões de dólares, que representam 25 setores da economia. 

Entre as especialidades da Alliance Comunicação está a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade, por ser uma ferramenta estratégica para olhar e suportar decisões com foco em sustentabilidade e responsabilidade social. A documentação também incentiva a transparência nos impactos críticos e relevantes de natureza econômica, social e ambiental, além de trabalhar a confiança e a reputação da empresa, por ser, cada vez mais, de interesse público.

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Por que as empresas devem dedicar energia a seus Relatórios de Sustentabilidade?

O tema “sustentabilidade” é muito recente para a nossa sociedade. A primeira conferência mundial sobre meio ambiente foi realizada apenas na década de 1970, pouco tempo após recebermos as primeiras imagens da Terra – vindas do espaço, após o lançamento da missão que nos levou a lua -, e nos depararmos com o que estávamos fazendo com ela. 

Eco 92 foi a primeira vez que efetivamente ouvimos falar em “desenvolvimento sustentável”. De lá para cá, temos evoluído muito nesse aspecto, ainda que não de forma satisfatória em sua totalidade. Descobrimos que esse desenvolvimento envolve outras práticas, como a econômica, social e não apenas o ambiental – o famoso triple bottom line

As pessoas estão mais conscientes. Estão crescendo mais atentas a como e a que custo a empresas produzem. Segundo um estudo How to speak Z, 92% dos jovens da geração Z se preocupam com as causas sociais e ambientais. Entre os Millennials – Geração Y – esse percentual é de 87%.

Diante desse cenário, com os desafios sociais, ambientais e econômicos enfrentados pelas empresas nos dias de hoje, a gestão da sustentabilidade deve ser prioritária nas estratégias de negócios em qualquer segmento. Isso significa que não basta ter apenas iniciativas em prol de causas, é preciso ter a sustentabilidade na gestão, nas decisões e nas atitudes do dia a dia.

É nesse momento que entra o Relatório de Sustentabilidade. Enquanto, em sua origem, ele era visto como uma forma de construir confiança e melhorar a reputação, agora é verdadeiramente uma ferramenta estratégica utilizada para apoiar processos de tomada de decisões sustentáveis, estimular o desenvolvimento organizacional, obter melhor desempenho, engajar partes interessadas e atrair investimentos. 

Mas o que é o Relatório de Sustentabilidade?

Resumidamente, o relatório é um documento onde as empresas reúnem informações com o objetivo mensurar e divulgar todos os impactos ambientais, econômicos e sociais que suas atividades geram. É a principal ferramenta que as empresas têm para apresentar o seu desempenho à sociedade. 

Esse relatório tende a ser muito favorável às organizações. Além de contribuir para melhorar a imagem que o público tem da marca, ele é um importante ponto de partida para o autoconhecimento, ajudando a empresa a detectar pontos positivos e negativos em sua gestão. E tudo isso começa no desenvolvimento da Matriz de Materialidade.

O que é a Matriz de Materialidade?

Materialidade é um princípio contábil que foi adaptado pela área de sustentabilidade para identificar os aspectos não-financeiros relevantes para a empresa. Consiste no processo de conhecimento da organização dos assuntos mais relevantes para ela conforme a estratégia de negócios e a percepção de impactos dos públicos com quem se relaciona: os stakeholders.

Estima-se que 80% do valor de mercado de uma empresa resulta de ativos intangíveis, tais como reputação, imagem, reconhecimento da marca, relacionamentos, fidelização de clientes, capacidade de inovação, transparência e governança corporativa, marcas e patentes e políticas. 

O objetivo da análise da materialidade é identificar que aspectos ambientais, sociais e de governança protegem e agregam valor ao negócio. Além de prover a base para o processo de relato, esse estudo pode ser uma ferramenta importante para a priorização de ações e integração das práticas de sustentabilidade à estratégia e gestão das companhias. 

Quais são os indicadores e diretrizes mais utilizados?

Uma dúvida comum no meio corporativo é qual indicador é mais adequado para cada empresa. De modo geral, todas as ferramentas de relato possuem a finalidade principal de comunicar de forma transparente as ações, compromissos e metas adotadas. A principal diferença entre elas está na estrutura, tendo em vista que em cada uma existem regras orientadas por organizações diferentes, como: IIRC, GRI, CDP, SASB, ETHOS, IBASE.

Relatório de Sustentabilidade (RS) – Focado na publicação das práticas e ações relacionadas aos principais impactos da empresa, baseado nos pilares do triple bottom line, ambiental, social e econômico. Também aborda temas que sejam prioritários não só para a empresa, mas também para os seus stakeholders.

Balanço Social (BS) – O objetivo principal é comunicar as práticas de uma empresa no contexto da Responsabilidade Social, com uma estrutura variável a partir dos temas adotados pela companhia.

Relatório Integrado (RI) – A principal característica é a ênfase na integração das informações de forma concisa, com foco bem estratégico e orientado para o futuro. 

Benefícios obtidos com a emissão do Relatório de Sustentabilidade

  • Aprimora a gestão de riscos socioambientais pela organização e pela sociedade;
  • Permite definir melhor estratégias relacionadas à sustentabilidade no âmbito econômico, social e ambiental;
  • Melhora o diálogo entre organização e stakeholders, contribuindo para a geração de soluções em comum;
  • Integra os departamentos organizacionais promovendo o alinhamento estratégico;
  • Proporciona uma maior transparência entre empresa, parceiros e sociedade.

Mesmo que o Relatório de Sustentabilidade não seja uma exigência legal, é aconselhável que todas as empresas, independentemente de seu porte, o emitam anualmente. Isso traz transparência às suas atividades, bem como ressalta o compromisso que têm com seus consumidores e com a sociedade.

Em suma, o Relatório é, sim, um importante instrumento de comunicação e gestão!

Parafraseando Neil Armstrong, o Relatório de Sustentabilidade é um passo para a empresa, mas um grande salto para a humanidade.