Nos últimos tempos, o Twitter tem sido palco de polêmicas, levando muitos usuários a considerar abandonar a plataforma devido às impopulares mudanças promovidas por Elon Musk, o atual líder da empresa. Um estudo de 2022 estima que aproximadamente 32 milhões de usuários deixarão o Twitter até 2024, mas para onde eles estão migrando? Uma das apostas do momento é o BlueSky.
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Considerado por muitos como o novo concorrente do Twitter, assim como ocorreu com o Mastodon, Substak Notes e o fenômeno exclusivamente brasileiro Koo, essa rede social compartilha várias características com o famoso microblog, mas apresenta algumas diferenças que prometem transformar a forma como usamos as redes sociais.
Ao entrar no BlueSky, seja por meio de convite de outro usuário ou pela lista de espera do aplicativo, os usuários encontram uma interface praticamente idêntica à do Twitter. Lá, podem publicar, retweetar, curtir, responder a postagens e seguir outros perfis.
No entanto, a versão beta do BlueSky, já disponível para iOS e também acessível pela web, ainda possui algumas limitações. Os usuários não podem enviar mensagens diretas e a plataforma não suporta vídeos, áudios ou GIFs, além de ter um carregamento mais lento para atualizar o feed.
Apesar da semelhança estética e da usabilidade bastante similar ao “primo rico”, o BlueSky não pretende ser apenas mais uma rede social. Seu idealizador, Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, tem como objetivo criar um “Twitter descentralizado”, proporcionando total liberdade aos usuários.
A grande inovação do BlueSky é oferecer mais autonomia ao usuário, permitindo não apenas entender como a plataforma funciona – já que o aplicativo é desenvolvido em código aberto -, mas também possibilitando que cada usuário escolha seu próprio algoritmo por meio de uma API, decidindo como, quando e que tipo de conteúdo deseja consumir.
De acordo com a empresa, o problema das redes sociais atuais não é a existência de algoritmos, mas sim como eles são usados de forma pouco transparente para direcionar o usuário. Nas palavras do BlueSky, “a capacidade de personalizar seu feed devolverá ao usuário o controle de seu recurso mais valioso: sua atenção”.
Imagine que você seja um influenciador digital com milhares de seguidores. De repente, ocorre uma mudança inesperada na plataforma que você utiliza, como perder seu selo de verificação. Diante dessa surpresa desagradável, é compreensível ter a vontade de abandonar completamente a rede social, não é mesmo?
Atualmente, fazer isso significaria perder todo o seu público e ter que recomeçar praticamente do zero. Agora, imagine se fosse possível simplesmente migrar toda a sua base de seguidores para outro lugar. Isso é exatamente o que o BlueSky promete com o Authenticated Transfer Protocol (ou AT Protocol, para os mais íntimos).
Para explicar de forma mais simples, como fez Michael del Castillo, editor da revista Forbes, o funcionamento das redes sociais seria como o e-mail. Podemos ter um endereço no Gmail e outro no Yahoo, mas isso não impede que troquemos mensagens entre eles.
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Em outras palavras, o AT Protocol é uma tecnologia que promete integrar e transmitir dados e informações de forma segura e confiável entre diferentes plataformas. Isso mesmo: suas postagens e seguidores do Twitter, Instagram, Facebook, Snapchat e outras redes sociais, tudo em um só lugar, de acordo com a sua preferência.
Embora o BlueSky seja rotulado como o “novo Twitter”, é cedo para determinar seu sucesso ou fracasso. No entanto, é inegável que a proposta do aplicativo desperta, no mínimo, curiosidade sobre o futuro das redes sociais. O BlueSky já possui mais de 1 milhão de pessoas em sua lista de espera para criar uma conta, mesmo antes do lançamento oficial. Estaremos ansiosos para descobrir os próximos capítulos dessa história.