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Google lança selo azul de autenticidade

O Google implementou um selo de autenticidade azul que será exibido ao lado do nome do remetente no Gmail. O objetivo é indicar que o endereço de e-mail com esse selo é confiável, pois passou por um critério adicional de verificação.

Essa atualização, iniciada em 3 de maio, será automática para contas que já possuem um registro de logotipo e os protocolos de segurança da plataforma configurados.

De acordo com a empresa, esse novo recurso terá um impacto positivo tanto para os administradores das contas quanto para os usuários finais do Gmail. Essa medida é mais um passo para tornar o envio e o recebimento de e-mails mais seguros dentro da plataforma.

O motivo pelo qual o Gmail decidiu implementar um selo de verificação é o uso do sistema de verificação chamado BIMI (Brand Indicators for Message Identification). Desde 2021, o Gmail utiliza esse sistema, que permite adicionar o logotipo da marca nos envios de e-mails, garantindo que o remetente seja autêntico.

As principais vantagens do uso do BIMI, segundo o Google, são: autenticação das mensagens enviadas para evitar a ação de hackers no domínio, reconhecimento da marca por meio do logotipo presente em cada mensagem e maior credibilidade, pois os destinatários têm certeza de que o e-mail é legítimo.

Portanto, o novo selo de verificação azul adiciona mais uma camada de proteção ao usuário do Gmail, comprovando visualmente que o remetente é confiável.

No Brasil, um dos países mais afetados por ciberataques e tentativas de golpe por e-mail, essa iniciativa é muito importante.

Para obter o selo de verificação do Gmail, o administrador da conta deve configurá-la de acordo com o BIMI, adicionando o logotipo da marca aos e-mails autenticados. Esse processo envolve a configuração de registros de protocolo de e-mail para o domínio e outras medidas de segurança. Ao finalizar o processo, a conta receberá o VMC (Verified Mark Certificate), o certificado de marca verificada.

É importante destacar que nem todas as contas do Gmail terão acesso ao selo azul. É necessário passar pelas autenticações de segurança, ter uma marca registrada e acesso de administrador na conta.

A questão é se o selo realmente trará confiança aos usuários, considerando que outras empresas, além do Twitter, têm adotado o modelo de “verificação paga”. A empresa Meta, por exemplo, estabeleceu um pagamento para adquirir o selo azul.

O Twitter introduziu o perfil verificado em 2009 para oferecer uma maneira fácil e rápida de identificar se um perfil é autêntico ou não. Era uma forma de evitar que contas impostoras se passassem por outras pessoas na rede social. Posteriormente, outras redes adotaram a verificação, como o Instagram, o Pinterest e o YouTube.

Embora cada rede social ou plataforma tenha seus próprios critérios para verificação de contas, o selo azul se tornou um símbolo de credibilidade na mente dos usuários da internet. No entanto, essa confiança tem sido questionada com a crescente tendência de verificação paga.

Mesmo sendo confiável, levando em consideração todo o processo de verificação descrito anteriormente, é curioso que o Google tenha optado por esse tipo de certificação de autenticidade no Gmail após a controversa decisão do Twitter. Afinal, no Twitter, esse selo azul já não significa legitimidade. Além de não garantir que aquela conta é realmente do indivíduo ou organização que alega ser, também não significa que a pessoa ou organização seja confiável em relação às informações divulgadas.

Somente o tempo dirá o quão efetiva será essa estratégia do Google.

Para o usuário final, recomenda-se estar atento às políticas de segurança e privacidade das redes sociais utilizadas e seguir as boas práticas para identificar se uma informação é falsa, pois isso também faz parte do conjunto de medidas de segurança na internet.